Réquiem, Não !
Ao Saudoso Carlos Heitor Castelo Branco
A água virou veneno
Os Peixes morrem...
O ar já é corrosivo,
os olhos sofrem ...
As árvores estão chorando
Suas folhas mortas ...
Palavras de Cianureto
poluem as almas.
Quem viu, quem vê a floresta
(Teto amazônico)
de flor, de cipó, de cedro,
com os troncos nus
também começa a
ter pena e a
chorar triste ...
Querem acabar a floresta
banir os pássaros
Réquiem aos paus-ataúde?:
Uirapuru !
Réquiem ás orquideas róseas? :
meu sabiá
Réquiem?: Luar ! Requiem ?:Chuva!
Réquiem aquela soberbia
de cor, de sombra e alegria? :
Réquiem, ou não?
Ornados de plumas de ouro,
vermelhas faces,
os reis selvagens despedem-se
de seu passado.
Era uma vez a Amazônia
das fábulas consagradas.
O rei agora é o machado,
a serra o dólar.
Naturalmente que os Deuses
estão descendo:
podem fazer um milagre,
mexer nas águas.
Um dilúvio pode vir
nos assombrar,
e esconder todo o tesouro
que ousam levar.
Por que há dilúvios de fé,
de vozes, contra
essa febre de odiar
a natureza,
há um clamor além do Réquiem
e dos pioneiros,
as vozes-dilúvio de mais
de cem milhões de Brasileiros.
Abguar Bastos /1986
Ao Saudoso Carlos Heitor Castelo Branco
A água virou veneno
Os Peixes morrem...
O ar já é corrosivo,
os olhos sofrem ...
As árvores estão chorando
Suas folhas mortas ...
Palavras de Cianureto
poluem as almas.
Quem viu, quem vê a floresta
(Teto amazônico)
de flor, de cipó, de cedro,
com os troncos nus
também começa a
ter pena e a
chorar triste ...
Querem acabar a floresta
banir os pássaros
Réquiem aos paus-ataúde?:
Uirapuru !
Réquiem ás orquideas róseas? :
meu sabiá
Réquiem?: Luar ! Requiem ?:Chuva!
Réquiem aquela soberbia
de cor, de sombra e alegria? :
Réquiem, ou não?
Ornados de plumas de ouro,
vermelhas faces,
os reis selvagens despedem-se
de seu passado.
Era uma vez a Amazônia
das fábulas consagradas.
O rei agora é o machado,
a serra o dólar.
Naturalmente que os Deuses
estão descendo:
podem fazer um milagre,
mexer nas águas.
Um dilúvio pode vir
nos assombrar,
e esconder todo o tesouro
que ousam levar.
Por que há dilúvios de fé,
de vozes, contra
essa febre de odiar
a natureza,
há um clamor além do Réquiem
e dos pioneiros,
as vozes-dilúvio de mais
de cem milhões de Brasileiros.
Abguar Bastos /1986
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