O Meu Olhar
Alberto Caeiro
O meu olhar é nítido como um girassol. Tenho o costume de andar pelas estradas Olhando para a direita e para a esquerda, E de, vez em quando olhando para trás... E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem... Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer, Reparasse que nascera deveras... Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele Porque pensar é não compreender ...
O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar ... Amar é a eterna inocência, E a única inocência não pensar...
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4 comentários:
escolhas bem interessantes as tuas ...começando até talvez pela última ; A Nossa Senhora da Burka !!
Parecem-me belas sugestões para um tempo de férias ou um fim de semana menos atarefado
beijinhos
Amiga.
Claro que aceito o desafio. Vou colocar brevemente o desafio.
Quanto ao post do Desambientado, claro que podes usá-lo.
Tenho andado super-ocupado, por isso neste momento não sou muito rápido a responder ou a fazer visitas aos amigos. Faz tempo que não passava por aqui...e tenho estado a perder muito.
Um beijo,
e uma semana plena de Sol...
Merci...
***maat
gosto da tradução das tuas letras ...
e tb publiquei a meditação para hoje
beijos
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