Vi na água um rosto.
pareceu-me estranho.
era um rosto
feminino
de trinta e dois anos.
chamei-o pelo nome
ele sabia o caminho.
trouxe-me de volta
um eco
uma ave
uma foice
um trevo do mar.
deitei-me à água
sem corpo
num barco branco
de
trevas
toda a noite a lua
e o fogo
foram minha coroa de pérolas.
atravessei o oceano
em minhas asas de ar
voaram para longe
sobre o espelho desfeito
do mar.
volto a clamar
pelo nome do rosto
que vi como um sonho
ao Guardião entrego
três moedas de ouro
três nomes gravados
três sinais fechados
maat
in A Luz do Poema
***
7 comentários:
olá, hannah. Qué gusto volver. Muy linda la imágen, muy lindo lo que escribiste.
Te mando un beso.
Belo este poema de maat.
Beijinho.
BOm fim de semana,
Obrigada,sempre.
beijo,
****maat
Este poema é muito bonito !
beijinho,
Mestirioso (ou pelo menos quase). Não sei porquê, veio-me à cabeça a Nau Catrineta. Conhece?
Boa semana.
Vieira,
Houvi falar sobre a Nau em letras de músicas que vem de Pernambuco, vou pesquisar....
Boa Semana
Que maravilha !!!
A cada entrada...
uma aula...
uma troca...
Uma Viagem
valiosa...
Bom dia....
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...]Então Amigo Vieira,
Fui fazer uma pesquisa breve ...
(A Nau Catarineta faz parte de nosso folclore. "Brasil"
Nos tempos idos, na época da exploração marítima, quando o mundo era meio português, meio espanhol, a Nau partiu de Recife com destino a Lisboa. No meio do caminho a Nau é interpelada por uma embarcação moura. Trava-se a guerra, os portugueses vencem, mas ficam muito abalados. Decidem fazer alguns sacrifícos...
(Fonte blog Permanente e Provisório)
http://www.permasorio.blogger.com.br/2005_03_01_archive.html
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Nau-catarineta - "Truléu da Marieta" com Antônio Nóbrega
NAU-CATARINETA
É uma xácara (narrativa popular em versos), de procedência portuguesa, que conta a estória de um barco que atravessava o Atlântico em circunstâncias trágicas.
No Brasil, a nau-catarineta convergiu para o auto (é um gênero teatral que vem da Idade Média, período histórico que começa no século V até a metade do século XV), do fandango em que aparece como jornada no século XVI.
Fonte:”Dicionário de Folclore para Estudantes”, Mário Souto Maior e Rúbia Lóssio, Recife, 2004 – Fundação Joaquim Nabuco –
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