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Que sacola usar?

Estudo francês mostra o caminho para a resposta

O que é menos impactante para o meio ambiente? Sacolas biodegradáveis, de papel ou as de plástico comum? Essa resposta depende de uma série de aspectos que devem ser levados em consideração, entre eles como cada uma delas é produzida (quais são os recursos materiais consumidos para sua fabricação) e qual o sistema de tratamento do lixo local (coleta seletiva, aterro sanitário, lixão, incineração, reciclagem…).

Um estudo encomendado pela rede de supermercados Carrefour à empresa francesa Ecobilan (daPriceWaterHouseCoopers) comparou os impactos ambientais das sacolas disponibilizadas para os seus clientes na França. O estudo foi realizado com base na ferramenta de “Avaliação do Ciclo de Vida” . Quatro tipos foram analisados:

(1) sacola biodegradável à base de amido de milho (25 litros);

(2) sacola plástica comum, dessas distribuídas nos supermercados (14 litros);

(3) sacola de papel (20 litros);

(4) sacola plástica reutilizável, dessas mais resistentes (37 litros).

A unidade de comparação adotada pelo estudo foi o número de sacolas necessário para embalar 9.000 litros de produtos vendidos no Carrefour, o que corresponde ao consumo médio anual de um cliente francês.

Ao contrário do que seria de se esperar, as sacolas plásticas comuns se saíram melhor do que as sacolas de papel e biodegradáveis para a maioria dos indicadores ambientais. Elas só apresentaram piores resultados no que diz respeito ao risco ambiental que representam quando jogadas no meio ambiente.

Dentre as conclusões do estudo, tem-se que para uma reutilização superior ou igual a 4 vezes, a sacola reutilizável é mais indicada que a sacola comum para todos os indicadores de impacto ambiental considerados (emissão de gases de efeito estufa, consumo de energia e de água, acidificação atmosférica, eutrofização, produção de resíduos…). A hipótese de reutilização da sacola comum como saco de lixo também foi considerada no estudo. Nesse caso, para que a sacola plástica reutilizável apresente melhores resultados em todos os indicadores ambientais considerados, elas devem ser utilizadas de 6 a 9 vezes.

Vale ressaltar que esse estudo foi realizado especificamente para a rede Carrefour instalada na França, ou seja, não se aplica ao Brasil. É uma boa indicação no entanto, da complexidade que envolve a resposta à pergunta “que sacola usar”. Diversos fatores devem ser levados em consideração. No caso específico, por exemplo, a destinação final dessas sacolas e o número de usos dado a cada uma delas mostraram-se fundamentais na avaliação de seus impactos no meio ambiente.

Quem tiver interesse no estudo, segue a referência (em francês):

http://www.ademe.fr/htdocs/actualite/rapport_carrefour_post_revue_critique_v4.pdf

Artigo relacionados: www.econosco.com.br/category/o-eco/

Fonte : Econosco

Sacolas descartáveis e o lixo


Sacolas descartáveis e coleta seletiva são assuntos recorrentes, mas quero falar de uma estreita relação entre eles. A despeito de nossa campanha para recusar as sacolas, muita gente tem dito que não consegue deixar de levá-las para casa para colocar o lixo.

Tudo bem, a ideia não é eliminá-las de vez do cotidiano, mas acabar com o que chamo de “farra das sacolinhas” . Os números oficiais apontam para a produção de até 18 bilhões de sacolas descartáveis por ano no Brasil, mas sabe-se que há fabriquetas clandestinas despejando o produto nas lojas sem qualquer controle.

Esta semana conversei com o especialista em sustentabilidade ambiental Francisco Eduardo Pereira Filho – diretor-presidente do Instituto Aryran de Desenvolvimento Humano e conselheiro do Planeta Sustentável – sobre o dilema de muitas pessoas que não sabem como acomodar o lixo doméstico. A informação é a de que não há uma solução perfeita, mas coloco abaixo as sugestões dele sobre qual a melhor maneira de agir:

- É possível restringir o uso das descartáveis acondicionando nelas somente o chamadolixo úmido (restos de alimentos e material de banheiro), para não vazar líquidos. Os aterros estão preparados para receber esse lixo, retirá-lo das sacolas e encaminhar para usinas de compostagem. As sacolas podem ser recicladas;

- O lixo seco pode ser armazenado em latas de lixo comuns para depois ser encaminhado aos caminhões de coleta seletiva ou para cooperativas de reciclagem. Prefeituras de capitais como São Paulo e Rio de Janeiro dispõem de coleta seletiva e a maioria das capitais mantêm cooperativas de reciclagem. Você pode saber desses serviços digitando coleta seletiva + o nome da sua cidade nos sites de busca ;

- Não é preciso limpar com água e sabão embalagens recicláveis. Apenas retire o excesso de sujeira e economize água. Depois amasse e compacte tudo para não ocupar muito espaço;

- Não se preocupe em saber se determinado produto ou embalagem é ou não reciclável. Coloque-o junto aos materiais a serem encaminhados para as recicladoras. Lá elas saberão o que fazer;

- Estimule seu condomínio e seus vizinhos a adotarem práticas que se incorporem a todas essas iniciativas;

Resolvida essa etapa, você também pode ajudar a retirar as sacolinhas descartáveis de circulação levando no bolso ou na bolsa algumas que você já tem em casa. Assim, quando resolver comprar alguma coisa pelo caminho é só sacá-las para carregar os produtos, recusando mais delas.

Está achando que tudo isso dá muito trabalho? Pois é, os tempos são outros e a gente vai ter que se acostumar a desviar-se um pouco da zona de conforto se quiser garantirqualidade de vida daqui por diante.


Fonte : planetasustentavel

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