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A Fenda

*
*




Sequiosa
de gelo e fogo
a ferida
liquefez-se
em sangue
do luar

Fustigados
pela neve
os lábios
fundiram-se
num apelo
lancinante

Um rio
infiltrou-se
entre os
seus altivos
muros
e galgou
todos os
diques
da injustiça


Proscrita
a sua face
cicatrizou
o medo
e a Paz
voltou a florir
pelos interstícios
da fenda





V. Solteiro,
Nota: palavrinhas alinhadas a partir do poema e do post de 19.09.07 intitulado "Férida Ávida", publicado no blog ContorNUS - http://contornus.blogspot.com/
Foto intitulada "Torghatten", de Jens-Chr Strandos, disponível aqui:
http://www.photoforum.ru/

in
A Arquitetura das Palavras

5 comentários:

lupuscanissignatus disse...

Beijo de outono, Hanah.

Direitinho das profundas raízes do castanheiro...

vieira calado disse...

Coloquei este blog nos meus favoritos.
Boa semana para si.

rosa dourada/ondina azul disse...

Belo !

A foto e o texto,


Beijinho,

Dalaila disse...

Esse canto trouxe-me a este. e gostei muito...

:)o meu farol iluminará este caminho

wicky disse...

que a PAZ volte a florir por toda a parte